sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

OLHA O LUCRO DA CAIXA FEDERAL

Ganho do setor banc�rio tem alta com mais cr�dito e tarifas
Data: 29/08/2007


TONI SCIARRETTA
da Folha de S.Paulo

Com o resultado da Caixa Econ�mica Federal, que encerrou ontem a temporada de balan�os bilion�rios dos bancos no primeiro semestre, as 47 maiores institui��es financeiras brasileiras lucraram juntas R$ 20,126 bilh�es --resultado 24,8% maior do que o registrado no mesmo per�odo de 2006, segundo a Austin Rating.

Mais uma vez, o lucro recorde dos bancos foi calcado na expans�o das opera��es de cr�dito, um dos neg�cios mais lucrativos do mundo devido � diferen�a entre o custo dos recursos captados e o valor repassado ao tomador final, que vem substituindo o ganho em tesouraria que os bancos tinham no passado com os juros altos.

Outro destaque no per�odo foi o aumento da receita com servi�os, que inclui as tarifas cobradas dos correntistas e somou ao todo R$ 26,639 bilh�es, um crescimento de 14,43% em rela��o a 2006.

"O crescimento na receita de servi�os acontece seja pelo aumento de tarifas, seja pelo volume maior emprestado, que traz taxas como de abertura de cr�dito. [Os bancos] Tamb�m ganharam com taxas de administra��o elevad�ssimas dos fundos", disse Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating.

Para Santacreu, os juros diminu�ram consideravelmente no segmento de empresas, mas seguem altos para pessoa f�sica, com exce��o das taxas do financiamento de ve�culos e do cr�dito consignado, que recuaram com maior velocidade.

Os bancos tamb�m aumentaram suas provis�es para cr�ditos duvidosos, apesar de a inadimpl�ncia seguir baixa, em torno de 5% das carteiras. Isso tamb�m se explica pelo maior volume de cr�dito para pessoa f�sica, que tem inadimpl�ncia superior ao das empresas.

Para o segundo semestre, o lucro dos bancos vai depender do quanto a crise financeira, por enquanto restrita aos mercados, ter� impacto na capacidade de empr�stimo das institui��es. O analista da Austin Rating lembra que, no in�cio de agosto, os bancos interromperam a tend�ncia de queda nos juros ao consumidor, o que pode segurar a expans�o do cr�dito, que cresce a um ritmo de 20% ao ano.

O Banco Central atribuiu o movimento � crise internacional e ao aumento dos juros no mercado futuro. "Os bancos nem tiveram aumento de custo de capta��o e j� se adiantaram com base nos juros futuros. O cr�dito vai crescer, mas talvez n�o com a velocidade projetada antes da crise."

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